Será que trabalhamos o suficiente?
Comparar a cultura americana, ou a de qualquer outro país desenvolvido, com o nosso Brasil, tornou-se banalizado; até entre os mais experientes ouvimos a mesma conversa.
Atualmente parece um vírus corporativo e universitário, que se propagou entre os colaboradores, e até entre os jovens que ainda não ingressaram no mercado de trabalho.
Que outros países sejam estruturados, seguros, e ofereçam meios de vida mais atraentes, não dá para negar.
Mas nascemos aqui no Brasil, e para chegarmos a usufruir dessas fortalezas, chega a ser uma utopia, afinal de contas, país sério se faz com comando firme e gente séria. E infelizmente, por mais que isto soe forte, não é característica da maioria do povo brasileiro.
Reclamamos de nossos governantes, mas o que fazemos para mudar este panorama?
Nossas leis trabalhistas chegam a ser indecorosas, onde já se viu um trabalhador pegar atestado médico para descansar, resolver problemas particulares e até num ato de pura traição, participar de processo seletivo em outra empresa? Acho que só no Brasil…
O cidadão é ganancioso, ao agir desta forma, tudo que ele almeja é ser demitido e usufruir dos benefícios que a Lei impõe, ou seja, o famoso seguro desemprego, aviso prévio indenizado e liberação do FGTS. Um pequeno bilhete premiado! Ele está pouco se importando com a empresa que paga sua condução, sua alimentação, seu plano de saúde, incentiva sua faculdade, e todo treinamento investido até então.
Se nossos governantes utilizassem os valores do seguro desemprego, para investir em saúde e educação, certamente teríamos no longo prazo, capital humano a altura de nossa demanda.
Não é novidade que a produtividade do trabalhador brasileiro é tão baixa. Já foi divulgado que nossa produtividade média é somente um quarto do que produz um trabalhador americano.
Existem várias justificativas para o cenário brasileiro ser tão ruim. Acho que nem preciso enumerar. Mas deixo aqui um desafio para reflexão: Será que se trabalharmos intensamente, com garra, vontade de desbravar, ambição de ser tornar uma pessoa melhor, sem ficar se prendendo ao que os outros vão dizer, não seríamos um país melhor?
Acredito que com um pouco de dedicação, poderíamos mudar o cenário brasileiro.
Pensem nisso!
Marciléia Gorgônio Reis Criscuolo é técnica em contabilidade, formada em economia, com MBA em gestão empresarial, e participa do time da empresa há 35 anos.